Nós já o sabiamos mas a Federação Nacional de Motociclismo, através da sua página oficial, voltou durante o dia de ontem a dar o merecido destaque à jornada realizada na Ilha de Santa Maria que integrou o 1º Moto rali dos Açores.#
Todo o país continental reduzido a uma ilhota. Santa Maria é conhecida por ser o Algarve Açoreano, mas brindou os motociclistas forasteiros com a chuva do Minho. As suas casas são jóias da arquitectura do Alentejo e Algarve. E a receber, a sua gente é calorosa como a de Trás-os-Montes.
A visita de 70 motociclistas à ilha de Santa Maria, de 12 a 14 de Junho surpreendeu continentais e ilhéus. Nunca a pequena ilha do Grupo Oriental do arquipélago tinha visto desembarcar 39 motos. A esmagadora maioria com cerca de 60 participantes do 1º Moto Rali dos Açores que aproveitaram o programa extra idealizado pelo CATTT. Os restantes elementos eram os vizinhos do CMSM, alguns dos quais já não punham os pés em Sta Maria há 29 anos.
4 horas de ferry bem balouçante para cada lado separam as ilhas. Depois, é só percorrer as sinuosas estradinhas deste pequeno território português onde as distâncias dificilmente atingem os 20 km. A recepção por parte do Clube Motard de Santa Maria (CM Sta Maria) superou expectativas. Pouquinhos mas puros, com motos pouco adaptadas à natureza da ilha, excitados com a presença de tanto mototurista, excederam-se em esforços para agradar.
Ora como a comitiva apenas teve um dia e duas noites para saborear Santa Maria, era necessário aproveitar bem a luz do dia. Tal não aconteceu e a manhã esfumou-se rapidamente em longas paragens pelas praias (Santa Maria tem praias de areia branca, coisa rara no arquipélago, mas a que os continentais dão pouco valor) juntando-se ainda uma incursão ao curioso fenómeno geológico do Barreiro da Faneca.Houve ainda passagem fugaz pelo aeroporto (de pista enorme construída pelos americanos durante a 2ª Grande Gerra e onde há pouco aterrava o Concorde), mas apenas para um elemento da organização ir buscar fotocópias! É assim que se funciona em Sta Maria, sem pressas e alegria.
De tarde o tempo virou a chuva – morna – e as nuvens baixas e o ensopado geral arruinou a continuação do passeio turístico.
Um saltinho à Baía de S. Lourenço e pouco mais, pois a partir dos 100 metros de altitude já nada se via.
Foi pena. O Pico Alto, ponto a 587 metros de altitude e de onde se avista o mar a toda a volta, nem com miragens...
Também as fotos se perderam. O contraste das tais casinhas brancas – fugidas do Portugal dos Pequeninos - entre pastos, ficou apenas na memória.
Mas há que contar mesmo assim: o tal calor humano dos santamarienses. Convidados pela Câmara Municipal de Vila do Porto (único concelho da ilha), Junta de Freguesia de Almagreira, Grupo de Cantares de Almagre e CM Sta Maria, os mototuristas acotovelaram-se à mesa numa copeira, sala de refeições contígua às igrejas.
A ementa não podia deixar de ser as Sopas do Espírito Santo. Estas, cozinhadas em panelas de ferro, são acompanhadas de carne cozida, biscoitos de orelha, enchidos locais, vinho abafado e cavacas.
E o melhor ainda é o brilho dos olhos dos ilhéus a chegarem-nos a travessa. Desfizeram-se em atenções!
Que maravilha!
Vivó Espírito Santo!
4 horas de ferry bem balouçante para cada lado separam as ilhas. Depois, é só percorrer as sinuosas estradinhas deste pequeno território português onde as distâncias dificilmente atingem os 20 km. A recepção por parte do Clube Motard de Santa Maria (CM Sta Maria) superou expectativas. Pouquinhos mas puros, com motos pouco adaptadas à natureza da ilha, excitados com a presença de tanto mototurista, excederam-se em esforços para agradar.
Ora como a comitiva apenas teve um dia e duas noites para saborear Santa Maria, era necessário aproveitar bem a luz do dia. Tal não aconteceu e a manhã esfumou-se rapidamente em longas paragens pelas praias (Santa Maria tem praias de areia branca, coisa rara no arquipélago, mas a que os continentais dão pouco valor) juntando-se ainda uma incursão ao curioso fenómeno geológico do Barreiro da Faneca.Houve ainda passagem fugaz pelo aeroporto (de pista enorme construída pelos americanos durante a 2ª Grande Gerra e onde há pouco aterrava o Concorde), mas apenas para um elemento da organização ir buscar fotocópias! É assim que se funciona em Sta Maria, sem pressas e alegria.
De tarde o tempo virou a chuva – morna – e as nuvens baixas e o ensopado geral arruinou a continuação do passeio turístico.
Um saltinho à Baía de S. Lourenço e pouco mais, pois a partir dos 100 metros de altitude já nada se via.
Foi pena. O Pico Alto, ponto a 587 metros de altitude e de onde se avista o mar a toda a volta, nem com miragens...
Também as fotos se perderam. O contraste das tais casinhas brancas – fugidas do Portugal dos Pequeninos - entre pastos, ficou apenas na memória.
Mas há que contar mesmo assim: o tal calor humano dos santamarienses. Convidados pela Câmara Municipal de Vila do Porto (único concelho da ilha), Junta de Freguesia de Almagreira, Grupo de Cantares de Almagre e CM Sta Maria, os mototuristas acotovelaram-se à mesa numa copeira, sala de refeições contígua às igrejas.
A ementa não podia deixar de ser as Sopas do Espírito Santo. Estas, cozinhadas em panelas de ferro, são acompanhadas de carne cozida, biscoitos de orelha, enchidos locais, vinho abafado e cavacas.
E o melhor ainda é o brilho dos olhos dos ilhéus a chegarem-nos a travessa. Desfizeram-se em atenções!
Que maravilha!
Vivó Espírito Santo!
Texto e Fotos: www.fnm.pt
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