A crise por que passa o futebol sénior regional desde a criação da Série Açores nomeadamente o encerramento de alguns clubes, foi o tema abordado na rúbrica "Grande Reportagem" na edição de 3 de Agosto do jornal Açoriano Oriental.
Nela e para os que não sabem ou que, como eu, já estavam esquecidos, é recordado um dos episódios que contribuiram para o términos do futebol na Ilha de Santa Maria.
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Ao "deserto" futebolístico que já era o corvo juntaram-se as ilhas de Santa Maria e Flores, onde o futebol sénior deixou de existir.
Na "ilha do Sol", os quatro populares clubes que animavam as hostes locais - Marienses, Gonçalo Velho, Asas so Atlântico e Clube Ana - encerraram as respectivas equipas séniores e, logo depois, extinguiram todo o seu futebol, em protesco contra a discriminação que alegaram terem sido alvo por parte da direcção da Associação de Futebol de Ponta Delgada (AFPD).
A "gota de água" foi o "impedimento" do Marienses ocupar o lugar em aberto na época (1995/1996) de estreia da Série Açores e que cabia a um clube da AFPD.
Campeão de São Miguel na época 1994/1995, o Desportivo de Vila Franca ganhou o direito de participar na prova directamente, segundo determinação da direcção da AFPD àquela data. O Marienses reclamou por direito próprio a subida (os seus dirigentes alegaram que tinham direito ao estatuto de vice-campeão da associação) mas a direcção da AFPD ordenou a realização de dois encontros entre a equipa de Santa Maria e o segundo classificado do Campeonato de São Miguel. Apesar de ter perdido o primeiro encontro em Vila do Porto, o Águia deu a volta à eliminatória nos Arrifes, acabando por ascender à primeira edição da Série Açores.
Em uníssono, os clubes de Santa Maria revoltaram-se contra esta alegada discriminação e ainda antes do virar do século/milénio o futebol naquela ilha já tinha desaparecido por completo.
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