A União das Associações de Andebol dos Açores vai ser reactivada, sendo que este processo de reactivação ficará concluído, o mais tardar este mês, princípio de Janeiro de 2010.
Criada em 1994, a UAAA esteve em funcionamento até 2005, então sediada em Santa Maria, agora ficará na cidade da Horta e será dirigida pela direcção da Associação de Andebol do Faial.
O ressurgimento da UAAA surge devido ao facto do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), que obriga as federações a alterar os seus regimes jurídicos, sendo que por sua vez a Federação de Andebol de Portugal (FAP) obriga os Açores a ter um representante único.
Refira-se que no restante país existe uma associação por distrito, nos Açores existem cinco associações, mas “somos uma região e perante isto FAP quer apenas um representante. Uma União que represente todas as associações dos Açores junto da federação”, explica Mário Bettencourt, que faz parte da UAAA.
Inicialmente a ideia seria formar um novo organismo, de nome Associação de Andebol dos Açores, mas devido a algumas questões jurídicas e pela não extinção do nome UAAA, bem como pelo tempo que levaria a extinguir este mesmo nome, onde “teria que se realizar várias Assembleias Gerais para formar uma nova associação e não temos este tempo”.
O tempo é escasso, como afirmou Mário Bettencourt, porque se a União das Associações de Andebol dos Açores não estiver em funcionamento durante a presente época desportiva, para a próxima, o Sporting da Horta – na 1ª Divisão Nacional – e os Marienses – na 3ª Divisão Nacional – não podiam participar nas competições nacionais “por não estarmos devidamente enquadrado com o novo regime jurídico da FAP”.
Desta forma, foi decidido em AG reactivar a UAAA porque “é um processo muito mais simples em termos burocráticos e jurídicos e menos dispendioso”, explica.
Assim, os estatutos da UAAA, que foram alterados e aprovados em 2005, estão dentro do panorama actual de qualquer associação desportiva e “achamos por bem manter estes mesmos estatutos, manter o nome. Ou seja, manter o mais possível, apenas alterar o número de contribuinte”.
Segundo Mário Bettencourt, esta “nova” UAAA irá funcionar um pouco diferente da anterior no sentido de que tinha controlo absoluto de todo o desenvolvimento regional. “Como estamos no mês de Dezembro e os regionais iniciam-se em Janeiro, vamos manter o modelo que foi utilizado nas últimas 3/4 épocas, com os contratos-programa para os regionais, que são estabelecidos entre a Direcção Regional do Desporto (DRD) e as associações regionais – as verbas destes campeonatos são transferidas para as associações e estas, por sua vez, fazem as distribuições pelos seus associados, ficando desde daí assegurada as verbas para a participação do regionais e nacionais”.
Tirando isto, tudo o resto será tratado com a UAAA, que vai ser responsáveis pelo planeamento do desenvolvimento desportivo do regional para a presente época, ficando a seu cargo o conselho de arbitragem e disciplina. “Ficamos também responsáveis pela organização de eventuais cursos de árbitros, oficiais de mesa e técnicos de Grau I, II e III”, frisa.
“Falou-se também em criar uma eventual posição de secretário técnico. Estaremos já a trabalhar com o concelho de arbitragem, na nomeação de árbitros para os regionais de Janeiro de 2010, a coordenação das selecções Açores em Infantis Masculinos e Iniciados Masculinos, com vista à participação, no caso dos Infantis aos nacionais que se realizam em Leiria, a primeira fase a 31 de Janeiro. Os Iniciados/Juvenis será para a participação nos Jogos das Ilhas de 2010 que decorrem em São Miguel”, adianta.
Neste contexto a UAAA pretende realizar, esta época desportiva, um curso de árbitros e de técnicos, mas “este último ainda não está esclarecido qual, porque teremos que fazer um levantamento das necessidades mais imediatas em termos de enquadramento, se será o Grau I, II ou III, além do Master Coach, mas este já é para profissionais de andebol (permite treinar uma equipa na liga dos campeões ou seleccionador)”.
Mário Bettencourt salienta que actualmente, as exigências no andebol português estão a ser elevadas, como por exemplo, é exigido que “um técnico para orientar Iniciados masculinos, a nível regional, tenha o Grau III. Ora, na Madeira e no continente a formação de Grau III – grande parte dela – é em universidades. A FAP quer comparar os técnicos de Grau III e de Master Coach a licenciados de Educação Física por exemplo. São “licenciados” em andebol, a vida deles é exclusivamente o andebol e nos Açores é extremamente difícil conseguir conciliar estas situações”.
Realce, no entanto, para receptividade da FAP, através do presidente Henrique Torrinha, numa reunião que teve, há cerca de um 1/2 meses com o ainda director Regional do Desporto, Rui Santos, em que “mediante as especificidades e necessidades dos Açores vir a alterar algo que seja necessário em termos de curso ou tentar minimizar os cursos para a região e para as pessoas que venham tirar o Grau III, de maneira a que os Açores não fique excluído deste grau”.
Perante a reactivação da UAAA, a presente temporada e próxima, serão de transição, “onde haverá – na minha opinião – benesses por parte da FAP e da DRD em relação a estes assuntos e onde vamos tenta formar, o mais rapidamente possível técnicos de Grau II e III, para que a modalidade não sofra repercussões”, sublinha Bettencourt.
Este primeiro ano será difícil, mas “esperamos conseguir ultrapassar as dificuldades e que no futuro a imagem da formação venha a ter um espelho nos escalões seniores”, dado que não existe um campeonato regional realmente dito. O que existe “é um fim-de-semana onde as equipas se deslocam todas para a mesma ilha e é só. Felizmente que temos o Sporting da Horta e os Marienses que continuam a aguentar os patamares que conseguiram atingir”, disse Mário Bettencourt.
“Como representante da UAAA o que vamos tentar fazer de futuro é ajudar o máximo possível para que estes clubes mantenham a sua participação nos nacionais e, eventualmente, criar uma competição regional onde exista maior competitividade, maior número de jogos”.
Surge então o objectivo de criar-se uma competição do género da que já existiu, a Série Açores, contundo esta época desportiva é “impossível e para a próxima continua a ser difícil. Mas, e fazendo planos a médio/curto prazo, talvez se consiga. Claro que isto terá que partir de um trabalho interno. Além da UAAA, as associações terão que ter um trabalho muito importante em reactivar clubes ou alertar clubes, que estão apenas na formação, a fazerem equipa sénior porque existe muitos atletas de andebol nos Açores, inclusive na Horta há muitos jogadores que estão inactivos e nem todos podem ser profissionais”.
“Nós temos uma boa relação com o Sporting da Horta e, obviamente, que existindo a possibilidade de uma Série Açores, eles avançam com uma equipa B, o que é óptimo para eles porque também conseguem preparar melhor os atletas que estão na idade dos juniores e juvenis do último ano, conseguem ter uma maior rotatividade que é importante para os colocar a jogar na equipa sénior”, referiu.
Criada em 1994, a UAAA esteve em funcionamento até 2005, então sediada em Santa Maria, agora ficará na cidade da Horta e será dirigida pela direcção da Associação de Andebol do Faial.
O ressurgimento da UAAA surge devido ao facto do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), que obriga as federações a alterar os seus regimes jurídicos, sendo que por sua vez a Federação de Andebol de Portugal (FAP) obriga os Açores a ter um representante único.
Refira-se que no restante país existe uma associação por distrito, nos Açores existem cinco associações, mas “somos uma região e perante isto FAP quer apenas um representante. Uma União que represente todas as associações dos Açores junto da federação”, explica Mário Bettencourt, que faz parte da UAAA.
Inicialmente a ideia seria formar um novo organismo, de nome Associação de Andebol dos Açores, mas devido a algumas questões jurídicas e pela não extinção do nome UAAA, bem como pelo tempo que levaria a extinguir este mesmo nome, onde “teria que se realizar várias Assembleias Gerais para formar uma nova associação e não temos este tempo”.
O tempo é escasso, como afirmou Mário Bettencourt, porque se a União das Associações de Andebol dos Açores não estiver em funcionamento durante a presente época desportiva, para a próxima, o Sporting da Horta – na 1ª Divisão Nacional – e os Marienses – na 3ª Divisão Nacional – não podiam participar nas competições nacionais “por não estarmos devidamente enquadrado com o novo regime jurídico da FAP”.
Desta forma, foi decidido em AG reactivar a UAAA porque “é um processo muito mais simples em termos burocráticos e jurídicos e menos dispendioso”, explica.
Assim, os estatutos da UAAA, que foram alterados e aprovados em 2005, estão dentro do panorama actual de qualquer associação desportiva e “achamos por bem manter estes mesmos estatutos, manter o nome. Ou seja, manter o mais possível, apenas alterar o número de contribuinte”.
Segundo Mário Bettencourt, esta “nova” UAAA irá funcionar um pouco diferente da anterior no sentido de que tinha controlo absoluto de todo o desenvolvimento regional. “Como estamos no mês de Dezembro e os regionais iniciam-se em Janeiro, vamos manter o modelo que foi utilizado nas últimas 3/4 épocas, com os contratos-programa para os regionais, que são estabelecidos entre a Direcção Regional do Desporto (DRD) e as associações regionais – as verbas destes campeonatos são transferidas para as associações e estas, por sua vez, fazem as distribuições pelos seus associados, ficando desde daí assegurada as verbas para a participação do regionais e nacionais”.
Tirando isto, tudo o resto será tratado com a UAAA, que vai ser responsáveis pelo planeamento do desenvolvimento desportivo do regional para a presente época, ficando a seu cargo o conselho de arbitragem e disciplina. “Ficamos também responsáveis pela organização de eventuais cursos de árbitros, oficiais de mesa e técnicos de Grau I, II e III”, frisa.
“Falou-se também em criar uma eventual posição de secretário técnico. Estaremos já a trabalhar com o concelho de arbitragem, na nomeação de árbitros para os regionais de Janeiro de 2010, a coordenação das selecções Açores em Infantis Masculinos e Iniciados Masculinos, com vista à participação, no caso dos Infantis aos nacionais que se realizam em Leiria, a primeira fase a 31 de Janeiro. Os Iniciados/Juvenis será para a participação nos Jogos das Ilhas de 2010 que decorrem em São Miguel”, adianta.
Neste contexto a UAAA pretende realizar, esta época desportiva, um curso de árbitros e de técnicos, mas “este último ainda não está esclarecido qual, porque teremos que fazer um levantamento das necessidades mais imediatas em termos de enquadramento, se será o Grau I, II ou III, além do Master Coach, mas este já é para profissionais de andebol (permite treinar uma equipa na liga dos campeões ou seleccionador)”.
Mário Bettencourt salienta que actualmente, as exigências no andebol português estão a ser elevadas, como por exemplo, é exigido que “um técnico para orientar Iniciados masculinos, a nível regional, tenha o Grau III. Ora, na Madeira e no continente a formação de Grau III – grande parte dela – é em universidades. A FAP quer comparar os técnicos de Grau III e de Master Coach a licenciados de Educação Física por exemplo. São “licenciados” em andebol, a vida deles é exclusivamente o andebol e nos Açores é extremamente difícil conseguir conciliar estas situações”.
Realce, no entanto, para receptividade da FAP, através do presidente Henrique Torrinha, numa reunião que teve, há cerca de um 1/2 meses com o ainda director Regional do Desporto, Rui Santos, em que “mediante as especificidades e necessidades dos Açores vir a alterar algo que seja necessário em termos de curso ou tentar minimizar os cursos para a região e para as pessoas que venham tirar o Grau III, de maneira a que os Açores não fique excluído deste grau”.
Perante a reactivação da UAAA, a presente temporada e próxima, serão de transição, “onde haverá – na minha opinião – benesses por parte da FAP e da DRD em relação a estes assuntos e onde vamos tenta formar, o mais rapidamente possível técnicos de Grau II e III, para que a modalidade não sofra repercussões”, sublinha Bettencourt.
Este primeiro ano será difícil, mas “esperamos conseguir ultrapassar as dificuldades e que no futuro a imagem da formação venha a ter um espelho nos escalões seniores”, dado que não existe um campeonato regional realmente dito. O que existe “é um fim-de-semana onde as equipas se deslocam todas para a mesma ilha e é só. Felizmente que temos o Sporting da Horta e os Marienses que continuam a aguentar os patamares que conseguiram atingir”, disse Mário Bettencourt.
“Como representante da UAAA o que vamos tentar fazer de futuro é ajudar o máximo possível para que estes clubes mantenham a sua participação nos nacionais e, eventualmente, criar uma competição regional onde exista maior competitividade, maior número de jogos”.
Surge então o objectivo de criar-se uma competição do género da que já existiu, a Série Açores, contundo esta época desportiva é “impossível e para a próxima continua a ser difícil. Mas, e fazendo planos a médio/curto prazo, talvez se consiga. Claro que isto terá que partir de um trabalho interno. Além da UAAA, as associações terão que ter um trabalho muito importante em reactivar clubes ou alertar clubes, que estão apenas na formação, a fazerem equipa sénior porque existe muitos atletas de andebol nos Açores, inclusive na Horta há muitos jogadores que estão inactivos e nem todos podem ser profissionais”.
“Nós temos uma boa relação com o Sporting da Horta e, obviamente, que existindo a possibilidade de uma Série Açores, eles avançam com uma equipa B, o que é óptimo para eles porque também conseguem preparar melhor os atletas que estão na idade dos juniores e juvenis do último ano, conseguem ter uma maior rotatividade que é importante para os colocar a jogar na equipa sénior”, referiu.
Texto: Açoriano Oriental / Foto: Luciana Magalhães
5 comentários:
Boa tarde a todos, como praticante e adepto desta modalidade gostei principalmente da parte final do discurso, em que se refere ao tentar reactivar a extinta série Açores. Espero estar enganado, mas julgo que tal não vai acontecer (pelo menos num futuro próximo) e relembro que num daqueles "...fim-de-semana onde as equipas se deslocam todas para a mesma ilha e é só..." que se referiu e que decorreu na ilha Terceira, estavam todas as equipas presentes (Biscoitos, Arrifes e o ainda existente Clube Ana) só faltando mesmo o Sp. Horta que decidiu não comparecer.
Por isso acredito mais na parte em que diz "Como representante da UAAA o que vamos tentar fazer de futuro é ajudar o máximo possível para que estes clubes mantenham a sua participação nos nacionais...", porque tudo o resto que vem a seguir vamos cá ficar cá para ver.
Bom fim de semana a todos e a nivel desportivo tb.
Vslter Fernandes
Todos os praticantes de andebol ficarão contentes com o confirmar das expectativas, contudo é necessário salvaguardar os interesses de todos os clubes da região e promover ainda mais a modalidade nos Açores bem como incentivar o aparecimento de novas equipas.
Espera-se também que o representante da UAAA não tenha olhos só para o umbigo, pois, existem equipas mais a sul que não podem ser esquecidas por estarem inactivas ou até na 3ª divisão. Pois a nossa federação deve ter um "tendência" para irradiar-nos do andebol cortando as vazas. Contém com isso...
Votos de bom trabalho em prol do andebol,
Acho que são excelentes noticias... Mas o problema fundamental não será a falta de atletas, mas sim a falta de "eurios" para os clubes poderem fazer uma serie açores como havia antigamente com viagens etc... Quanto aos jogadores penso q o SCH B, Arrifes, Biscoitos não teram problemas em fazer as suas ekipas e no diz respeito a santa maria facilmente se arranjam jogadores para fazer uma ekipa o q não há é um clube para isso. na minha opinião a solução passa por uma ekipa B do CDM ou um eventual clube "satelite" mas sendo uma ekipa B dos marienses seria mais facil, pois dava a possibilidade de os juniores rodarem etc...
Agora outra questao se levanta! onde estão os outros 2 clubes para q no total se tenham as 6ekipas necessárias para se fazer um campeonato?! Será o Clube Ana, outro clube em sao Miguel ou na horta capazes de o fazerem?!
Penso que o número mínimo de equipas para uma Série Açores será 8. Isto para que a Federação reconheça a mesma e aceite o representante dos AÇores na Fase de apuramento à 3ª Divisão.
Saudações
boas tardes, mas marco convem saber quantas equipas sao realmente porque é pena chegar ao pavilhao dos arrifes para treinar e ter mais de 20 atletas e chegar ao fin de semana e nao ter jogos... se nos nao trabalharmos nao vai cair nada do ceu e acho que os jovens que estao a jogar andebol merecem ter competição tal como todas as outras modalidades.
cumprimentos
roberto medeiros
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