A equipa do CD “Os Marienses” saiu derrotada do
encontro frente ao campeão Matraquilhos FC depois de ter estado a vencer por
três bolas a zero. O pouco público presente no pavilhão – fruto do magnífico
dia de sol em Santa Maria – presenciou um dos melhores espetáculos desta Série
Açores, emotivo e com incerteza no marcador até ao final.
O jogo começou morno. O primeiro lance de perigo
para as balizas surgiu ao minuto 6 numa insistência de Dino Puim que levou a
melhor sobre 3 adversários mas depois, em posição privilegiada, chutou ao lado.
Ambas as equipas chegaram às 5 faltas muito cedo e
Cláudio Reis fez de livre directo o primeiro à passagem do minuto 7.
No minuto seguinte, o mesmo Cláudio Reis atirou ao
lado na sequência de um rápido contra-ataque.
Ao minuto 16, a equipa da casa dilatou a vantagem
por Milton Carreiro. Um remate à entrada da área, no corredor central, que
desviou num defensor e traiu o guardião forasteiro.
À entrada do minuto 15, mais um livre de 10 metros,
desta feita para os visitantes, que Fábio Raposo desperdiçou atirando ao poste.
No minuto seguinte foi a vez de Dino Puim atirar
também ele ao lado na marcação de outro livre de 10 metros.
O minuto 16 foi mesmo um minuto louco onde de tudo
aconteceu. Na resposta ao remate de Dino Puim, Nuno Pedro negou o primeiro aos
visitantes com estrondosa defesa num remate à queima roupa. Na reposição de
bola em jogo, nova falta a favorecer os da casa que levou novamente Cláudio
Reis para a marca dos 10 metros. O pequeno grande jogador fez o segundo da
conta pessoal e o terceiro da sua equipa. Nove segundos depois, os forasteiros
reduzem por Fábio Raposo. Ainda no mesmo minuto, Nelson Silva fez o segundo da
sua equipa na conversão de mais um livre de 10 metros.
Um minuto depois, foi a vez de Gilberto Rodrigues
repôr a vantagem de dois golos ao converter novo livre de 10 metros.
Ninguém conseguia pôr calma no encontro e a dois
minutos do fim do primeiro tempo, os Matraquilhos reduzem para 4-3.
Segundos depois o 4º livre de 10 metros para os da
casa. Gilberto Rodrigues desta vez atirou por cima.
A sete segundos o apito tempo ainda para Nuno Pedro
evitar o empate em cima da linha de golo.
O conjunto mariense ia para intervalo a vencer com
toda a justiça mas com uma vantagem que pecava por escassa.
O segundo tempo foi quase uma cópia fiel do
primeiro. O primeiro lance digno de registo coincide com o quarto golo dos
visitantes, já estavam decorridos quase 8 minutos. Um remate de muito longe que
Nuno Pedro não viu partir por entre as várias pernas que povoavam a sua área.
À passagem do minuto 29, Milton Carreiro dispôs de
soberana oportunidade mas atirou cruzado ao lado com apenas o guarda-redes pela
frente.
A formação mariense colocou-se novamente em
vantagem a 7 minutos do Fim. Assistência de Nuno Pedro num lançamento de
baliza, com Dino Puim a desviar, na passada, para o fundo das redes contrárias.
A equipa da casa espreitava agora o contra-ataque e
jogava com um olho no relógio mas a 4 minutos do fim, o veterano Toni repôs a
igualdade deitando por terra a estratégia mariense.
Trinta segundos depois, o mesmo Toni viu o segundo
cartão amarelo e deixou a sua equipa a jogar com menos um jogador. Ninguém
queria perder e os marienses tinham 2 minutos para passarem novamente para a
frente do marcador.
A eleger um momento chave na partida, teria de ser
o golo que consumou a reviravolta, faltavam jogar menos de 3 minutos. Em
inferioridade numérica, os terceirences ganharam a bola em linhas avançadas e
desferiram mortífero contra-ataque que culminou no seu 6º golo. Pela primeira
vez os campeões estavam em vantagem. Um golo muito festejado pelo banco
matraquilhense.
O conjunto mariense acusou muito o golo, pelas circunstâncias
em que foi obtido mas ainda em superioridade numérica, Gilberto Rodrigues podia
ter feito novo empate.
Segundos depois de terem novamente a equipa
completa, Fábio Raposo dilata a vantagem na transformação de (mais) um livre de
10 Metros. Nuno Resendes ainda defendeu o primeiro remate de Fábio Raposo mas
na ressaca, Carlos Rui, perante a passividade da defensiva mariense, fez mesmo
o golo. Golpe de misericórdia nas aspirações marienses.
Em desespero de causa, e a jogar com guarda-redes
avançado, os marienses sofreram novo golo, em contra-ataque, apenas alguns
segundos depois.
A 3 segundos do fim, mais um livre de 10 metros e
novo golo para os forasteiros fixando o resultado em 5-9.
A formação mariense fez um dos melhores jogos nesta
Série Açores e esteve a vencer o ilustre adversário até 4 minutos do fim.
Acabou derrotada por números exagerados e quem não reflectem o jogo jogado mas
sim, mais uma vez, a falta de traquejo e de experiência nestas andanças.
16ª Jornada (12 Maio)
Casa da Ribeira 4-8
CE Vila Franca do Campo
Rabo Peixe 12-2 Madalena FC
Capelense 5-4 Posto Santo
CD Marienses 5-9 Matraquilhos FC
União Praiense 3-0
Fayal Sport Club
17ª Jornada (19 de Maio)
Fayal Sport Club x CD Marienses
Matraquilhos FC x Casa da Ribeira
CE Vila Franca do Campo x Rabo Peixe
Madalena FC x Capelense
União Praiense x Posto Santo
Classificação - AQUI
Texto: Coice e Canelada
Foto: Arquivo DM
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