quarta-feira, janeiro 23, 2013

Série Açores de Futsal - CD Marienses x Praiense (A crónica do jogo)


A equipa do CD “Os Marienses” recebeu e venceu a formação terceirense da União Praiense por 3-1 somando assim a segunda vitória em outros tantos jogos.
A equipa da casa entrou em campo com vontade de resolver o encontro nos primeiros minutos. Os marienses pressionavam alto mas algumas vezes mal, deixando espaços que os visitantes iam explorando. Foi mesmo dos visitantes a primeira oportunidade. Alguma confusão na área mariense com Nuno Pedro, aos trambolhões, a evitar o golo forasteiro. Golo este que viria a surgir segundos depois. Estavam decorridos pouco mais de minuto e meio com os visitantes a aproveitarem da melhor forma uma perda de bola dos locais na saída para o ataque e a correspondente má colocação defensiva. A bola a viajar de uma ala para a outra por duas vezes com a conclusão a aparecer ao segundo poste.
Os forasteiros deram claramente a iniciativa de jogo aos marienses na tentativa de explorar o contra-ataque. Os locais tinham mais bola mas tinham grandes dificuldades em construir jogadas ofensivas e em criar situações óptimas de finalização.
Fruto da insistência mariense, o empate surgiu por intermédio de Sérgio Nunes com 8 minutos jogados. Bom trabalho do fixo da equipa da casa ao aparecer nas costas da defesa, desenvencilhando-se depois do marcador directo e chutando de pé esquerdo, rasteiro e colocado, repondo alguma justiça no marcador. O guardião contrário pareceu mal batido.
Aproveitando o tónico do golo, os marienses puseram mais vezes em perigo a baliza contrária. Primeiro, o mesmo Sérgio Nunes, só com a baliza pela frente, optou pelo passe e o lance perdeu-se. O fixo mariense estava em todas e pouco depois surgiu novamente em zona de finalização, atirando forte para defesa difícil do guarda-redes contrário.
Depois, Gilberto Rodrigues, num lance de contra-ataque em superioridade numérica, a optar pelo remate já de ângulo reduzido, com colegas melhor colocados.
Os marienses davam água pela barba aos adversários mas não conseguiam marcar. Sérgio Nunes, sempre ele, atira com estrondo à barra na marcação de um livre directo.
A fechar a primeira parte, Dino Puim teve a última grande oportunidade negada pelo guardião contrária na melhor defesa do encontro.
O empate penalizava a tremenda falta de eficácia dos locais.
No segundo tempo assistiu-se a mais do mesmo. Os marienses continuavam com a pressão alta e os praienses com grandes dificuldades em ultrapassar a linha divisória do meio campo.
Os da casa iam somando ocasiões de golo mas não conseguiam marcar, ora por más decisões na hora da finalização, ora negadas pelo guarda-redes adversário ou mesmo pela falta de pontaria. Dino Puim com a ocasião mais flagrante. O pivot mariense que ficou esquecido no meio campo contrário, recebeu a bola de Nuno Pedro, rodou, mas não conseguiu desfeitear o guarda-redes adversário.
Como quem não marca arrisca-se a sofrer, sensivelmente a meio da segunda parte, os forasteiros dispuseram de ocasião de ouro para marcar mas Nuno Pedro foi gigante e impediu o golo (certo) dos visitantes.
Com 6 minutos para jogar, finalmente os marienses passam para a frente do marcador. Carlos Boto o autor do golo que fazia suspirar de alívio todos os presentes no Complexo Desportivo de Vila do Porto.
Depois do golo assistiu-se a um momento conturbado da partida. Muitas faltas de parte a parte, cartões, e algumas decisões polémicas da arbitragem a mais flagrante quando interromperam um lance de contra-ataque dos marienses em que Dino Puim ficava frente-a-frente com o guarda-redes contrário para punirem falta sobre Cláudio Reis e admoestarem um jogador contrário com (apenas) o cartão amarelo.
Neste período os terceirenses dispuseram das melhores oportunidades para marcar mas Nuno Pedro, que até então tinha tido pouco trabalho, opôs-se sempre bem.
Os técnicos marienses solicitaram o desconto de tempo a que tinham direito para tentar serenar os ânimos e foram felizes. Logo no reatamento, Milton Carreiro, após lance de bom envolvimento com Dino Puim, fazia o terceiro com menos de 4 minutos para jogar.
Até final os visitantes apostaram no 5 contra 4 para tentar outro resultado mas foram bem anulados pelos locais.
A vitória dos marienses peca por escassa e não merece contestação. Ainda assim o técnico forasteiro saiu bastante agastado com a actuação da dupla de arbitragem que cometeu erros, sim, mas para os dois lados.
Por: Osvaldo Travassos

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