A equipa do CD “Os Marienses” recebeu e venceu a
formação terceirense da União Praiense por 3-1 somando assim a segunda vitória
em outros tantos jogos.
A equipa da casa entrou em campo com vontade de
resolver o encontro nos primeiros minutos. Os marienses pressionavam alto mas
algumas vezes mal, deixando espaços que os visitantes iam explorando. Foi mesmo
dos visitantes a primeira oportunidade. Alguma confusão na área mariense com
Nuno Pedro, aos trambolhões, a evitar o golo forasteiro. Golo este que viria a
surgir segundos depois. Estavam decorridos pouco mais de minuto e meio com os
visitantes a aproveitarem da melhor forma uma perda de bola dos locais na saída
para o ataque e a correspondente má colocação defensiva. A bola a viajar de uma
ala para a outra por duas vezes com a conclusão a aparecer ao segundo poste.
Os forasteiros deram claramente a iniciativa de
jogo aos marienses na tentativa de explorar o contra-ataque. Os locais tinham
mais bola mas tinham grandes dificuldades em construir jogadas ofensivas e em
criar situações óptimas de finalização.
Fruto da insistência mariense, o empate surgiu por
intermédio de Sérgio Nunes com 8 minutos jogados. Bom trabalho do fixo da
equipa da casa ao aparecer nas costas da defesa, desenvencilhando-se depois do
marcador directo e chutando de pé esquerdo, rasteiro e colocado, repondo alguma
justiça no marcador. O guardião contrário pareceu mal batido.
Aproveitando o tónico do golo, os marienses puseram
mais vezes em perigo a baliza contrária. Primeiro, o mesmo Sérgio Nunes, só com
a baliza pela frente, optou pelo passe e o lance perdeu-se. O fixo mariense
estava em todas e pouco depois surgiu novamente em zona de finalização,
atirando forte para defesa difícil do guarda-redes contrário.
Depois, Gilberto Rodrigues, num lance de
contra-ataque em superioridade numérica, a optar pelo remate já de ângulo
reduzido, com colegas melhor colocados.
Os marienses davam água pela barba aos adversários
mas não conseguiam marcar. Sérgio Nunes, sempre ele, atira com estrondo à barra
na marcação de um livre directo.
A fechar a primeira parte, Dino Puim teve a última
grande oportunidade negada pelo guardião contrária na melhor defesa do
encontro.
O empate penalizava a tremenda falta de eficácia
dos locais.
No segundo tempo assistiu-se a mais do mesmo. Os
marienses continuavam com a pressão alta e os praienses com grandes
dificuldades em ultrapassar a linha divisória do meio campo.
Os da casa iam somando ocasiões de golo mas não
conseguiam marcar, ora por más decisões na hora da finalização, ora negadas
pelo guarda-redes adversário ou mesmo pela falta de pontaria. Dino Puim com a
ocasião mais flagrante. O pivot mariense que ficou esquecido no meio campo
contrário, recebeu a bola de Nuno Pedro, rodou, mas não conseguiu desfeitear o
guarda-redes adversário.
Como quem não marca arrisca-se a sofrer,
sensivelmente a meio da segunda parte, os forasteiros dispuseram de ocasião de
ouro para marcar mas Nuno Pedro foi gigante e impediu o golo (certo) dos
visitantes.
Com 6 minutos para jogar, finalmente os marienses
passam para a frente do marcador. Carlos Boto o autor do golo que fazia
suspirar de alívio todos os presentes no Complexo Desportivo de Vila do Porto.
Depois do golo assistiu-se a um momento conturbado
da partida. Muitas faltas de parte a parte, cartões, e algumas decisões
polémicas da arbitragem a mais flagrante quando interromperam um lance de
contra-ataque dos marienses em que Dino Puim ficava frente-a-frente com o
guarda-redes contrário para punirem falta sobre Cláudio Reis e admoestarem um
jogador contrário com (apenas) o cartão amarelo.
Neste período os terceirenses dispuseram das
melhores oportunidades para marcar mas Nuno Pedro, que até então tinha tido
pouco trabalho, opôs-se sempre bem.
Os técnicos marienses solicitaram o desconto de
tempo a que tinham direito para tentar serenar os ânimos e foram felizes. Logo
no reatamento, Milton Carreiro, após lance de bom envolvimento com Dino Puim,
fazia o terceiro com menos de 4 minutos para jogar.
Até final os visitantes apostaram no 5 contra 4
para tentar outro resultado mas foram bem anulados pelos locais.
A vitória dos marienses peca por escassa e não
merece contestação. Ainda assim o técnico forasteiro saiu bastante agastado com
a actuação da dupla de arbitragem que cometeu erros, sim, mas para os dois
lados.
Por: Osvaldo Travassos
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