segunda-feira, julho 19, 2010

FAP..... A quanto obrigas....!!!!

Na ilha de Santa Maria, face às constantes alterações e "inovações" de que é alvo, o Andebol tem, na medida do possível, sobrevivido. Isto muito por força de algumas pessoas que desde muito novos dão o corpo e a alma pela modalidade.
A julgar pelas actualizações ao nível de conteúdos no portal da Federação de Andebol de Portugal e pelo que recentemente foi divulgado pela União das Associações de Andebol dos Açores, julgo que o Andebol caminha no seu todo e a passos largos para o profissionalismo.
Senão vejamos, não há muitos anos atrás, era relativamente fácil convencer alguém ligado à modalidade para integrar um curso de treinador . Era exigido o 9º ano de escolaridade e o Nível I - categoria para trabalhar com os escalão de bambis - conseguia ser alcançado com sucesso em 3 dias (36 horas de formação).
Hoje, as exigências federativas pura e simplesmente, estrangulam cada vez mais o raio de acção dos clubes e associações insulares no que respeita à manutenção e/ou aumento de treinadores/dirigentes nos seus quadros. Quanto a mim, é impossível, quer a nível pessoal ou até mesmo a nível académico/profissional, continuar a garantir a integração de mais pessoas no seio da modalidade.
Quando se exige o 12º Ano e disponibilidade mínima de uma semana para participar num Curso de Nível I, esquecem o facto de que findo o ensino secundário, grande percentagem dos jovens Açorianos rumam à Universidade. E quem fica? Quem dá o corpo ao manifesto? Os mesmos de sempre. Aqueles que muitas e muitas vezes abdicam da vida familiar para garantir a continuidade de uma actividade que adoram e que não querem ver desaparecer.
Segundo os dados apresentados pela Federação de Andebol de Portugal, em Santa Maria existem 8 técnicos qualificados (3 de Grau 3, 1 de Grau 2 e 4 de Grau 1) que, mediante a sua participação na Acção de Formação e Orientações Técnicas anual (a deste ano está prevista para 28 e 29 de Agosto em Santa Maria), ficam habilitados para cada época desportiva. Para a próxima época esta obrigação continua a ser uma realidade mas também agora cada treinador terá que fazer 100 horas de formação.
Em suma, ao invés dos treinadores procurarem apenas um seminário ou acção de formação que lhes garantisse uma boa actualização de conteúdos e claro, numa data que eventualmente lhes fosse possível sair da Região, terão que ter um campo de visão mais alargado de forma a completar as 100 horas de formação obrigatória.


Mais informação:
Consultar AQUI o documento com os números ralativos a 2009/2010 e alterações para 2010/11 (regulamentos da FAP).

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